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As obras de recuperação mais urgentes no novo edifício (ex-escola, ex-quartel da GNR e, vim a saber, sede provisória da Junta de Freguesia depois do 25 de Abril) estão já realizadas. Um novo telhado, o reboco das paredes exteriores e a consolidação de algumas partes da estrutura, tudo a precisar de urgente reparação, são obras já  realizadas. Se tudo correr bem, é provável que daqui a meio ano, parte da casa possa começar a receber livros e papéis, aliviando a acumulação nos outros edifícios, e permitindo arrumar parte dos materiais em armazém vindos do Porto.

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Imagem (2)No último número publicado dos Cadernos BAD, comemorativo do 50º aniversário da Associaçãoo Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas (BAD), publiquei uma artigo sobre o ARQUIVO / BIBLIOTECA  e o EPHEMERA. Nesse artigo descrevi a actividade de “caça e recoleção” a que me tenho dedicado e um esboço de historia do ARQUIVO / BIBLIOTECA, assim como a descrição dos seus principais núcleos. Em breve reproduzirei aqui esse artigo na sua versão original (sem aplicação do novo Acordo Ortográfico), mas para já reproduz-se um pequeno excerto:

Qual é o “projecto” central desta caça e recolecção? Existe um, mesmo que depois conviva com outras colecções acessórias que vem de arrasto, como aliás é habitual em todos os projectos do mesmo tipo. É o de fazer uma espécie de pequena Bibliothèque de Documentation Internationale Contemporaine (BDIC) em Paris, ou se se quiser uma pequeníssima Hoover Institution on War, Revolution, and Peace, em Stanford, ou um embrião de Instituto de História Social de Amsterdão, para o caso português. Dois arquivos prosseguem objectivos próximos, o Centro de Documentação 25 de Abril da Universidade de Coimbra, e a Fundação Mário Soares. A natureza das suas colecções é semelhante, tem muitos aspectos complementares, embora haja diferenças. Mas é esse o sentido do “core business” desta caça e recolecção.

Uma das características deste projecto é uma grande proximidade entre a biblioteca e o arquivo, completando-se um ao outro, especializando-se a biblioteca naquilo que está no arquivo. Esta simbiose manifesta-se nas aquisições: por exemplo, depois de uma oferta privada de uma notável colecção internacional sobre a direita mais radical (quando se deu o atentado de Anders Breivik na Noruega havia no arquivo materiais dos grupos noruegueses a que pertenceu), incluindo livros, panfletos, periódicos, cartazes, objectos, discos e cassetes, pins e bandeiras, tem havido não só uma aquisição de materiais de arquivo complementares (do Ku Klux Klan, por exemplo), como de livros sobre a extrema-direita, história “revisionista”, etc.

O meu projecto inicial foi o de recolher tudo aquilo que não podia existir nas instituições públicas antes do 25 de Abril. Este projecto tinha na sua origem várias colecções portuguesas, de jornais, revistas, panfletos, ligados com o PCP, os grupos esquerdistas e a oposição no sentido lato. A isso se acrescentou uma dimensão internacional. Quem queira em Portugal, por exemplo, fazer um estudo sobre o comunismo, matéria que pela sua natureza exige um tratamento comparativo, não dispõe de colecções de outros partidos comunistas como o francês, o inglês, o espanhol, o brasileiro, nem da imprensa comunista internacional, não encontra os panfletos do PCF dos anos cinquenta, nem o Morning Star, nem o Mundo Obrero, nem os jornais do Komintern, nem do Kominform. Já não digo sequer outros materiais relevantes sobre a cisão sino-soviética, ou sobre a solidariedade com o MPLA na Suécia, ou os primeiros panfletos independentistas em Cabo Verde. A isto acrescento milhares de livros e revistas especializados, mantendo a bibliografia actualizada para o movimento comunista internacional e muitos partidos comunistas, dos EUA, ao Canadá, à Bulgária, ao Irão, à Indonésia.

Porém, em breve, as colecções alargaram-se à recolha de todo o material relevante para a história política portuguesa e internacional do século XX, com algumas incursões pouco significativas no século XIX. Maçonaria e partidos republicanos, anarquistas e sindicalistas revolucionários passaram a fazer parte natural do conjunto, assim como materiais sobre integralismo, Estado Novo, marcelismo, etc.

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Agradeço a Vitor Reis o envio de um conjunto de fotografias da manifestação em Viana do Castelo em apoio aos trabalhadores dos Estaleiros Navais (MANIFESTAÇÃO EM DEFESA DOS ESTALEIROS NAVAIS (VIANA DO CASTELO, 13 DE DEZEMBRO DE 2013)). Em conjunto com outros materiais, publicados e por publicar, é assim possível fazer uma cobertura mínima dos eventos associados com a decisão de extinguir os Estaleiros e despedir os seus trabalhadores.

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Agradeço a Telmo Martins um conjunto de panfletos das últimas eleições autárquicas em Sintra e Ourém (como o que acima se reproduz da lista independente Somos Fátima) . Serão publicados em breve.

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Imagem (4)Agradeço a Luís Cristovão o envio de materiais relativos às últimas eleições autárquicas no concelho de Torres Vedras. Serão publicados em breve.

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Imagem (5)Imagem (8)

Agradeço a Pedro Bingre o envio de um conjunto bastante completo de materiais da campanha autárquica do Movimento de Cidadãos por Coimbra, incluindo cartazes, jornais e panfletos. Estão cobertas as candidaturas a nível de concelho e de freguesias. Serão publicados em breve.

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Copy of Imagem (18)Autocolante.

Agradeço a Raquel Ramos e  Isabel Campos os livros e os papéis que me enviaram relativos quer às eleições autárquicas de 2013 no Distrito de Viana do Castelo, quer às recentes manifestações dos trabalhadores dos Estaleiros Navais. Serão publicados em breve.

(Continua.)

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