Agradeço a José Magalhães a oferta de parte da sua biblioteca, livros, brochuras, recortes, manuscritos e papéis. Todo este acervo está a ser organizado, catalogado e digitalizado. Uma primeira avaliação quanto aos livros aponta para cerca de 700 títulos. Os livros reflectem os seus interesses políticos e jurídicos, em particular em matérias constitucionais, assim como o papel pioneiro na divulgação da Internet em Portugal. A sua biografia política, da UEC e do PCP, ao PS, assim como a sua extensa e notória actividade parlamentar, governativa, e como participante activo no espaço público, encontram-se igualmente documentadas. Os seus livros, notas e recortes, revelam a sua imensa capacidade de trabalho, estudo e preparação detalhada, assim como o papel central que teve em muita da legislação das últimas décadas.
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Agradeço a Michael Seufert a sua informação sobre a nota JUVENTUDE CENTRISTA – COMÍCIO (LISBOA, 4 DE NOVEMBRO DE 1974) referindo que “se trata do primeiro comício anunciado – porque nunca se realizou. Como o professor Freitas do Amaral refere no seu livro de memórias políticas, forças da extrema-esquerda impediram a realização do comício com violência e prosseguiram para assaltar a sede nacional do CDS que invadiram, cujos móveis atiraram pela janela e papéis queimaram.” Esta indicação será incluída na nota original e espero em breve poder acrescentar novos documentos originais sobre o assalto à sede do CDS no Porto.
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Agradeço a Dina Mendes a recolha e oferta de um conjunto de materiais sobre as recentes eleições presidenciais em Timor Leste.
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Agradeço a Cristina Castro a oferta de um conjunto de documentos sobre os trabalhos de uma mesa de voto em Oeiras nas eleições de 1975, em que o seu pai participou em representação do PSD.
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Mais uma vez agradeço a todos os “caçadores-recolectores” que continuam a recolher informação preciosa sobre os movimentos sociais no Portugal de hoje, incluindo as suas “marcas” nas paredes das cidades, como também as manifestações, concentrações, protestos, que são um sinal dos tempos e que deixam um rasto de imagens, frases, panfletos, cartazes, que apenas aqui tem vindo a ser recolhidos. Uma lista completa será publicada em breve.
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Está em preparação com base nos materiais do EPHEMERA um grande exposição sobre os objectos da vida política portuguesa desde o 25 de Abril, na qual estão envolvidas várias instituições, quer académicas quer privadas, e que se prevê poder realizar-se em mais do que uma cidade portuguesa. Em breve, mais notícias.
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O ARQUIVO / BIBLIOTECA foi visitado por cerca de três dezenas de professores, bibliotecários, e “amadores” de livros e papéis (como os embaixadores Marcello Mathias e Pinto da França), no âmbito do Bibliotecando em Tomar 2012, cujo programa incluía essa visita.
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Esta visita foi acompanhada pela jornalista Maria de Lurdes Lopes da agência Lusa e deu origem a uma notícia reproduzida por vários jornais, incluindo o Público. Uma pequena entrevista que me foi feita na altura referi sobre o ARQUIVO / BIBLIOTECA que :
“Atingiu tal dimensão que não pode continuar a ser privado nem familiar. Tem que ser encontrado um enquadramento institucional e uma fundação parece o mais adequado”, (…) Contudo, Pacheco Pereira receia que, “para tentar combater a fraude de algumas fundações, e em particular os abusos das próprias fundações do Estado, que nem deveriam existir”, se avance para uma legislação “que parte do princípio da desconfiança”. (…) não faz sentido fazer uma lei que obrigue as fundações a criar uma estrutura burocrática “tão grande que o grosso da despesa” será para manter essa estrutura. No seu entender, a solução terá que passar pelo controlo da concessão de utilidade pública, “porque o abuso está na utilidade pública concedida a fundações que são fictícias e que se destinam a fugir aos impostos”.
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