Notas manuscritas de José Borrrego e primeira versão do anúncio do Círculo de Cinema Experimental (1956).
Carta de Henrique Alves Costa (1956?).
As anotações de José Borrego em artigos sobre a história do cineclubismo, como este na revista Cineclube, incluem correcções, acrescentos, precisões.
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Entrou no ARQUIVO / BIBLIOTECA um grande acervo (mais de dez caixas de cartão de materiais) de papéis de José Borrego, muito importantes para a história do cineclubismo e do cinema nacional. Este espólio foi adquirido, apenas numa fase muito inicial de dispersão, pelo que se presume ser em grande parte completo. Esta é uma nota preliminar visto que parte do espólio ainda não entrou, nem foi organizado.
O arquitecto José Maria Soares Borrego foi um membro activo do MUDJ nos anos cinquenta, tendo sido preso pela PIDE. Trabalhou em Lisboa e no Porto, e foi um dos mais importantes membros do movimento cineclubista assumindo cargos dirigentes no Cineclube Imagem e no Cineclube do Porto, participando activamente na definição da orientação do movimento e em todos os seus encontros. Os papéis já organizados incluem mais de um milhar de programas quer de cinemas comerciais, quer dos cineclubes (CCUL, Imagem, ABC, do Porto, Figueira da Foz, Santarém, Torres Vedras, Coimbra, Faro, Funchal, Castelo Branco, cineclubes espanhóis, etc.), a maioria com anotações manuscritas. Existe também um conjunto de manuscritos, correspondendo a palestras e apresentação de filmes, esboços de documentos e estatutos de cineclubes, correspondência (com Ernesto de Sousa, Alves Costa, Vitor Palla, Manuel de Azevedo, Vasco Granja, José Vaz Pereira, etc.) , dossier de notas, manuscritos, documentos e recortes relativos aos encontros nacionais de cineclubes, e muito material avulso sobre cinema, filmes e cineclubes. Há também um acervo importante de publicações periódicas sobre cinema e cineclubes. São bastante importantes, pelas informações inéditas que aí se encontram, as pastas de manuscritos e documentos relativos ao Círculo de Cinema Experimental, Cooperativa do Espectador para Produção de Filmes, Comissão Consultiva dos Cineclubes, I (1955), II (Figueira da Foz, 1956), III (Lisboa, 1957) e IV (Santarém, 1958) Encontros de Cineclubes. A preparação, financiamento e execução de alguns filmes portugueses, como o D. Roberto (1962) de Ernesto de Sousa, resultaram de iniciativas destas organizações, como a Cooperativa do Espectador para Produção de Filmes.
De interesse geral anote-se que colecções de programas de teatro, ballet e exposições de artes plásticas estão também presentes no espólio, igualmente anotadas (veja-se em complemento NOTAS DE UM MELÓMANO DOS ESPECTÁCULOS DO TEATRO NACIONAL DE S.CARLOS.)
A entrada destes papéis acrescenta-se a outras colecções contendo muito material do mesmo tipo, mas que são complementares, como o ESPÓLIO DE JOSÉ CARLOS FERREIRA DE ALMEIDA – FUNDO DE CINEMA E CINECLUBES , UNIÃO DE GRÉMIOS DOS ESPECTÁCULOS E A CENSURA, entre outros.
Agradeço a J.M.T. ter-me conduzido a estes papéis, no tempo certo para os manter juntos.
Caderno de apontamentos sobre música e notas de concertos (anos quarenta).
Cooperativa do Espectador para Produção de Filmes: Estatutos e primeira lista dos corpos gerentes.
Assinaturas de presentes num almoço do III Encontro de Cineclubes, entre as quais a de José Borrego, Alberto Andrade, José Vaz Pereira, Ernesto de Sousa, Alves Costa, etc.
Manuscritos de José Borrego: maqueta para um programa de teatro e esboço para o emblema da FPCA.
Publicações várias sobre cinema.
Programas de cineclubes.
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