A EXPOSIÇÃO “O QUE FAZ FALTA É AGITA A MALTA” ESTARÁ EXCEPCIONALMENTE ABERTA NO PRÓXIMO DIA 4, DAS 15 ÀS 19 HORAS

A exposição estará aberta para visitas de grupos de estudantes e para o público em geral. José Pacheco Pereira estará presente e fará uma visita guiada para os estudantes, assim como se farão recolhas de materiais doados. Esta oportunidade será uma das últimas para visitar a exposição que será desmontada e seguirá para o Porto . O encerramento final será no dia 20 de Julho  às 21h30, com Jonas Runa e José Pacheco Pereira a realizar a performance Reunion XXI. A performance apresenta, pela primeira vez, duas novas obras sono-luminescentes do artista Jonas Runa: Reunion XXI e Noite e Dia. As duas obras são interactivas e actuam simultaneamente como novos instrumentos musicais. A peça Reunion XXI é constituída por vinte metros de fio electro-luminescente, de diferentes cores; dezasseis colunas de som; 64 sensores de luz; um tabuleiro e peças de xadrez. A instalação Noite e Dia é composta por vinte focos de luz e vinte sensores de luz e convida o público a participar na performance.

Esta performance inserir-se-á num conjunto de actividades previstas até ao fim do ano em homenagem ao músico Jorge Lima Barreto.

 

Nota sobre Jonas Runa:

Jonas Runa
Lisboa, 1981

Compositor, improvisador, investigador e musicólogo.  Inventor de instrumentos musicais electrónicos.

Estudou Física e Matemática no Instituto Superior Técnico, e em 2008, concluiu a licenciatura em Sonologia, no Conservatório Real de Haia (Holanda) – Institute of Sonology. (professores de composição: Konrad Boehmer e Clarence Barlow). Em 2015, concluiu um dos primeiros doutoramentos em música informática em Portugal, com tese Estéticas da Música Informática: Energia Musical Irrealizada. (classificação: Magna cum Laude).

Criou, com Jorge Lima Barreto, o duo Zul Zelub, em 2007, proposta conceptual experimentalista para piano e computer music, baseada numa teoria da filosofia da Música inventada por ambos: A Energia Musical Irrealizada. Colaborou assim no primeiro disco de Zul Zelub, de título homónimo. Zul Zelub editou também o disco Ultimaton, na Plancton Music (2012), e deu concertos em algumas das mais importantes salas nacionais com músicos da maior importância, no universo da música improvisada, free music, como Jac Berrocal ou Eddie Prévost. Os concertos incluiram muitas vezes componentes multimedia, quer em vídeoarte, quer em diaporama ou performance.

Colabora com a artista plástica Joana Vasconcelos, criando, em 2013 o Jonas Runa Cosmic Ensemble ( Jonas Runa / Spiridon Shishigin / Eddie Prévost / Jin Hi Kim) , o qual actuou no dia da inauguração da 55º Bienal de Veneza, Itália, a bordo do cacilheiro Trafaria-Praia. Também na Bienal de Veneza, concebeu e realizou o concerto Solo with Robot Orchestra, usando os instrumentos da fundação Logos, da Bélgica. Já em 2014, a colaboração envolveu a performance/concerto Piano Dentelle Eletrolírico, (realizado sobre a obra Piano Dentelle), e a composição de uma “sinfonia electroacústica” para 168 telefones, na obra Call Center). Em 2015, Jonas Runa apresentou a performance electrónica Synchronicity na 56ª Bienal de Veneza, integrado na instalação Giardino dell’Eden de Joana Vasconcelos.

Tem publicado artigos em revistas nacionais (eg: Revista Atântida, Entre as Artes e as Letras, e.a.), e realizou conferências em importantes centros europeus para o estudo da música electrónica (eg: Instituto de Sonologia, Haia, Holanda; Scuola di Musica Elletronica, conservatorio Benedetto Marcello, Venezia, Itália; Escola das Artes , Universidade Católica do Porto, Portugal; Universidade Lusófona, e.a.), e também na Culturgest, em Lisboa, etc. Durante um período de investigação em Veneza, simultaneamente no Archivio Luigi Nono e no Conservatório Benedetto Marcello, teve o apoio de Alvise Vidolin e Nuria Schoenberg-Nono.

Realizou diversos concertos com o músico, filósofo e xamã, Spiridon Shishigin, um dos maiores virtuosos mundiais do Khomus (Berimbau de boca), sendo nomeado representante português da música siberiana de Khomus e da Sociedade Internacional de Berimbaus de Boca (IJHS: International Jew’s Harp Society)

Realizou música para dança contemporânea, nomeadamente para a coreógrafa Clara Andermatt, nas obras Dez Mil Seres (2012), Fica no Singelo (2013)e Dance Bailarina Dance (2013), esta última interpretada pela Companhia Nacional de Bailado, e apresentada no Teatro Camões em Lisboa. Jonas Runa foi também o músico e programador do espectáculo de dança telemática Personare, realizado entre Brasil, Chile e Portugal, um espectáculo concebido por Ivani Santana.

Colaborou com astrofísicos , fazendo concertos que acompanham a observação de estrelas com telescópios no Dark Sky Alqueva , uma reserva de céu escuro reconhecida pela UNESCO . Para estes concertos, Jonas Runa desenvolveu o conceito de música cósmica intuitiva.

Compôs música para instrumentos orquestrais tradicionais, com ou sem electrónica. Utiliza o instrumento Kyma X: simultaneamente hardware/software e uma das mais avançadas linguagens de programação de som existentes atualmente (e.g. composição: Sagres, música para 8 apitos de mestre e Kyma, uma peça apresentada a bordo do navio Sagres, no dia dos seus 75 anos).

Jonas Runa Compôs música para o vídeo-instalação ” 1989 “, que ganhou o primeiro prémio do Sonae Media Art de 2015. Em 2015, foi nomeado como um dos 25 portugueses mais inovadores em todas as áreas , um prémio atribuído pela AUDI e SIC Noticias.

 

Seja o primeiro a comentar

Leave a Reply