10º ANIVERSÁRIO DO EPHEMERA – MEMÓRIA DA FÁBRICA DE CONSERVAS NERO EM MATOSINHOS

 

Carro alegórico.

 

CONSERVAS NERO

(Elementos fornecidos pela família).

 

Em 1680 a Família Nero, proveniente da Sardenha, instala-se em Sesimbra para produzir e exportar peixe seco e salgado.

Em 1912, Amadeu Henrique Nero com apenas 23 anos, juntamente com outros sócios sensivelmente da mesma idade, fundam em Sesimbra uma fábrica de conservas “A Persistente”. Um desses sócios, Manuel Joaquim Caetano da Silva, era membro do movimento AnarcoSindicalista.

Em 1926, Amadeu Henrique Nero, decide acabar com as salgas e secagem de peixe, actividade que vinha a ser praticada pelos seus antepassados, para se dedicar exclusivamente à produção de conservas.
Em 1928 a sociedade passa a ser detida na totalidade por Amadeu Henrique Nero, que entretanto foi adquirindo a posição dos outros sócios.

Em 1930 as suas conservas são premiadas na Exposição Regional de Setúbal com a Medalha de Prata.

Em 1932, a Nero & Cª. que teve inicialmente a designação Paschoal, Nero & Cª. , depois Borges, Nero & Cª., é dissolvida. No mesmo ano, logo a seguir, é constituída a Nero & Cª. (Sucessor), Lda., por Amadeu Henrique Nero e outros sócios com ligações ao Integralismo Lusitano.

Paulatinamente, Amadeu Henrique Nero, também nesta Sociedade foi adquirindo a posição dos outros sócios.

Em 1944 a Fábrica é transferida de Sesimbra para Matosinhos.

Livro de contabilidade dos anos quarenta do século XX.

Em 1958, já depois da morte de Amadeu Henrique Nero, é inaugurada a nova fábrica em Matosinhos, construída de raiz por seu filho Amadeu Rodrigues Nero.

Retrato de Amadeu Rodrigues Nero oferecido pelo pessoal da fábrica.


COLOCAÇÃO DA PRIMEIRA PEDRA DA FÁBRICA DE MATOSINHOS (24 DE MARÇO DE 1957)


INAUGURAÇÃO DA FÁBRICA (1958)


ASPECTOS DA VIDA FABRIL

 


MAQUINARIA

 


OBRA SOCIAL DA FÁBRICA

CRECHE

REFEITÓRIO

 

PRESÉPIO



AMADEU RODRIGUES NERO

A VIDA SOCIAL DE UM PATRÃO

Na sua secretária e no casamento de uma operária.

 

 

No casamento, na Síria, da filha de um importante cliente e amigo o Sr. Aczan.

Almoço de industriais.


Em 1968, Amadeu Rodrigues Nero, adquiriu a Fábrica Nacional de Conservas em Setúbal, mas em 1973 essa unidade é vendida, mantendo-se a de Matosinhos.

Em 1990, já depois da morte de Amadeu Rodrigues Nero, a fábrica de Matosinhos que vinha a ser administrada pelos seus filhos Filipe Nero e José Nero, é vendida.

Durante o período em que as fábricas Nero laboraram (1912-1990), a produção era praticamente toda exportada para países Europeus e E.U.A, nas marcas Georgette e Catraio, reservando outras marcas para mercados menos exigentes do Médio-Oriente e Macau, onde uma delas conquistou posição de liderança.

A marca Georgette, que está em poder da Nero desde 1912, pertencia à antiga Companhia Nacional de Conservas fundada em 1888 em Sesimbra.

A marca Catraio está na origem da 1º. Fábrica Nero.

Entretanto, antes da venda da fábrica de Matosinhos, em 1989, José Nero inicia a construção de uma pequena unidade no Montijo que arranca a produzir em 1992. Foi a primeira fábrica no País a cumprir todas as normas comunitárias, contudo encerrou em 1996 tendo durante esse período de 1989-1996 encerrado em Portugal mais de 20 fábricas.

Em 2010, José Nero faz renascer a Conservas Nero, relançando o atum Catraio.

Em 2011 é relançado o bacalhau Naval, as sardinhas Georgette e é criada uma inovação: conserva de peixe espada preto de Sesimbra.

Em 2012, a Câmara Municipal de Sesimbra, através do Núcleo de Turismo, promove o festejo do 1º Centenário da Nero no Castelo da Vila.

 

NOTA: Agradeço a José Nero a oferta destes materiais sobre a história da empresa familiar, assim como outros que serão em breve publicados.

 

 

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