EPHEMERA DIÁRIO (2ª SÉRIE) – DANOS COLATERAIS (5 DE FEVEREIRO DE 2021)

Em 26 de Agosto de 1931, deu-se mais uma revolta do “reviralho” contra a ditadura. Esta teve a peculiaridade de contar com 4 aviões militares, uma parte significativa da aviação militar portuguesa. Sarmento de Beires levantou da Base Aérea de Alverca para bombardear o Forte de Almada, mas as bombas falharam o alvo e caíram numa zona popular de Almada, causando mortos e muitos feridos, principalmente crianças que estavam a brincar no Largo do Passadeiro. Hoje o Largo chama-se das Vítimas do 26 de Agosto de 1931. Foi esta a “tragédia de Almada” desta estampa, e lembra-nos os anos de grande violência política entre 1926 e 1934, antes da consolidação do Estado Novo. Nesta, como noutras revoltas da época, os editais colados na parede pelas forças fiéis à ditadura ameaçavam os civis de que, se fossem apanhados com armas, seriam fuzilados. Era a sério, muito a sério.

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Essa revolta acabou aqui em Torres Vedras. Podem ver a história neste texto por mim publicado:

(Venerando Matos)

 

 

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