EPHEMERA – NOTÍCIAS DA SEMANA (DE 6 A 12 DE JUNHO DE 2016)

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Ver  EPHEMERA – NOTÍCIAS DAS SEMANAS DE  JUNHO DE 2016 – SUPLEMENTO DA BIBLIOTECA,  a partir de agora mensal.

EM BREVE: NOTÍCIAS DOS CONFLITOS SOCIAIS EM FRANÇA

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EDITORIAL: UM LIVRO IMPORTANTE E  UMA OFERTA MUITO ESPECIAL

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Fernando Pereira Marques é o autor do quinto volume da  COLECÇÃO EPHEMERA intitulado “Uma Nova Concepção de Luta” – Materiais para a História da LUAR e da Resistência Armada em Portugal. O livro está já na editora e entrará em breve na tipografia. É uma excepção à regra que temos seguido de usar os materiais já existentes no ARQUIVO, já que, neste caso, a publicação do livro coincidiu com a oferta dos documentos relacionados com a LUAR, e que foram reproduzidos ou usados no livro. Trata-se, como se compreende, de uma muito importante oferta que se acrescenta ao que já existia da organização e algum material inédito relativo a operações da LUAR como o assalto ao Banco de Portugal na Figueira da Foz em 1967.

15 de maio de 2016 (2)Fernando Alberto Pereira Marques, nasceu em Coruche em 1948. Militante da LUAR, participou na tentativa de tomada da cidade da Covilhã, em Agosto de 1968, chefiada por Hermínio da Palma Inácio, na sequência da qual foi preso pela PIDE. Foi director do jornal da LUAR, Fronteira. É doutor de Estado em Sociologia pela Universidade de Amiens (França) e professor universitário. Foi dirigente nacional do Partido Socialista e deputado à Assembleia da República. É autor de diversos livros de ensaio e investigação entre os quais se destaca: Exército e Sociedade em Portugal (1989), Do Que Falamos quando Falamos de Cultura (1994), Exército, Mudança e Modernização na Primeira Metade do Século XIX (1999), A Praia Sob a Calçada – Maio de 68 e a “Geração de 60”, (2005), etc.

Entre os documentos que entraram no ARQUIVO, no número aproximado de 100, encontra-se um espólio pessoal de Hermínio da Palma Inácio, incluindo os seus documentos (bilhetes de identidade, passaportes, licenças de voo de vários países, caderneta militar), alguns dos quais falsificações, manuscritos,  panfletos da LUAR, documentos internos, panfletos de organizações de solidariedade com os presos políticos da LUAR, originais de abaixo-assinados (com assinaturas como as de Claude Lanzmann, autor de Shoah e de Peter Weiss, autor do Canto do Fantoche Lusitano, etc.), cartazes, fotografias, recortes,  um pequeno espólio do jornal Fronteira, em França e na Bélgica, etc.

Agradeço ao Fernando Pereira Marques, esta oferta e a qualidade do seu livro que muito honrará a colecção.

COLECÇÃO EPHEMERA NA FEIRA DO LIVRO

1 de junho de 2016 (8)

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O lançamento do quarto livro da colecção, A Conquista das Almas, de Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes,  foi um sucesso.

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NOTÍCIAS DO ESPAÇO DO EPHEMERA NA LER DEVAGAR

26 de março de 2016

O espaço do EPHEMERA na Livraria Ler Devagar (na LX Factory) revela cada vez mais as suas potencialidades. O local tem-nos permitido avançar com a organização de dois espólios entrados no ARQUIVO , para além de outras doações avulsas, algumas ja feitas directamente no espaço da LER DEVAGAR.

Espólio de Hasse Ferreira

Copy of Digitalizacao de um Multifuncional da Xerox001Os espólios que estão a ser organizados no espaço da LER DEVAGAR são os do coronel Armando Hasse Ferreira, e o de Francisco de Matos Gomes /”Jorge Vernex”. São de natureza muito diferente e oferecem problemas distintos. O de Hasse Ferreira encontrava-se muito caótico, o que aliás tem a ver com a personalidade do seu “autor” que era um escritor compulsivo, de cartas, notas, comentários, desenhos, histórias satíricas, poemas, etc. O resultado foi um grupo de milhares de papéis que pareciam misturados como um baralho de cartas.

Vários amigos do EPHEMERA participaram nesse trabalho que dura há cerca de dois meses. O trabalho que já está realizado foi o da separação da correspondência, desenhos e grupos de manuscritos que foi possível manter organizados num texto único. O resto terá que ter uma segunda organização. A correspondência está já organizada cronologicamente. Pode-se agora começar a organizar  uma cronologia dos documentos em relação com os principais eventos da vida de Hasse Ferreira, com relevo para a sua participação na Revolta da Madeira em 1931 e posterior deportação para S. Nicolau em Cabo Verde. Os elementos enviados pelo seu neto Filipe Hasse Ferreira tem sido também muito relevantes. As primeiras publicações devem iniciar-se muito em breve (como a da carta enviada a Alfredo Barroso quando da atribuição da Ordem da Liberdade, cuja primeira página se reproduz aqui).

Espólio de Francisco de Matos Gomes /”Jorge Vernex”

Os papéis de Francisco de Matos Gomes, que usava o pseudónimo de “Jorge Vernex” , e que teve uma actividade intensa na propaganda política e ideológica do Estado Novo, publicando livros, artigos e panfletos de teor anti-comunista e contra a oposição a Salazar, tendo tribunas na imprensa e na rádio quer em Portugal quer nas colónias, parecem ser mais fáceis de organizar. Está a ser separada a correspondência e a ser organizados as centenas de artigos e “palestras”, também de forma cronológica. Há igualmente vários papéis pessoais sobre a sua actividade como professor, bastante atribulada, e sobre os efeitos do 25 de Abril na sua vida.

Outras actividades na LER DEVAGAR

Ocorreu uma reunião com a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta) para se estudarem formas de colaboração na recolha, partilha de documentos, assim como na sua digitalização. São contactos ainda iniciais mas muito prometedores.

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Por iniciativa de Adelino Gomes, que tem prestado grande colaboração aos trabalhos realizados na LER DEVAGAR, está-se  a estudar a hipótese de, em conjunto com investigadores na área da comunicação social, explorar, estudar a e divulgar os núcleos  relativos à CENSURA e à ARCADA, existentes no ARQUIVO. Nesse sentido fez-se uma reunião com Adelino Gomes, Vasco Ribeiro (da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e autor de estudos sobre a “informação da Arcada”)  e Júlia Leitão de Barros (autora entre outros de um estudo sobre  “O cerco ideológico do Estado Novo à imprensa  de ‘província’,  Caleidoscópio, 2005)., para estudar os moldes da colaboração futura. Quer num, quer noutro caso, daí podem resultar publicações na COLECÇÂO EPHEMERA ou em projectos já pensados para colocar online.

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Esta semana estaremos lá a trabalhar, a receber os Amigos do Ephemera, e as entregas de material para o ARQUIVO.

HORÁRIO:

TERÇA-FEIRA, 14 DE JUNHO DE 2016, DAS 17 ÀS 19 HORAS.

QUINTA-FEIRA, 16 DE JUNHO DE 2016, DAS 17 ÀS 19 HORAS.

AGRADECIMENTOS E ENTRADAS

Agradeço a Isabel Lindim a disponibilidade de nos ajudar na inventariação dos autocolantes do PRP-BR, para o livro que está em preparação para a COLECÇÃO EPHEMERA, assim como pela oferta de um conjunto de cartazes da organização e de outras afins. Igualmente nos emprestou um conjunto de publicações de exílio, portuguesas ou estrangeiras, em particular da Holanda, onde as BR e depois o PRP teve uma organização muito activa, para serem digitalizadas para o ARQUIVO.

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Agradeço a Carlos Gonçalves a oferta de dois grupos de documentação relativos ao I Congresso do PS  e da Convenção Nacional da Esquerda Socialista e Democrática, bastante completos sobre cada um destes eventos políticos.

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Copy of 12 de junho de 2016Agradeço ao meu velho amigo e colega Luís Pinheiro de Almeida mais uma oferta preciosa. com significado biográfico para ambos, tanto mais que participamos nos trabalhos deste ciclo “Popologia”, um momento de viragem cultural das actividades associativas para outros horizontes fora da ortodoxia neo-realista. Já escrevi sobre isso.

O cartaz do evento que ofereceu ao ARQUIVO é muito raro e sobre ele escreveu o próprio Luís Pinheiro de Almeida no seu blogue IÉ´-IÉ:

Este é o poster que em 1968 publicitou o ciclo de sessões sobre as “mitologias do Mundo Contemporâneo”, a que se deu o nome de POPOLOGIA. O autor do poster é Manuel Castilho, meu antigo colega na Faculdade de Direito de Lisboa, com quem partilhei muitas aventuras no âmbito da associação de estudantes, aventuras que transvasaram a Associação e cimentaram então uma verdadeira amizade.

Muito dado às Artes Plásticas, Manuel Castilho concebeu este poster de matriz pop, como é óbvio, mas onde se pode aperceber uma inquietante premonição do 11 de Setembro, com um avião a disparar sobre o que pode ser o Empire State Building. O SuperHomem, James Dean e Marilyn Monroe fizeram também parte das preocupações de Manuel Castilho.

Filho da escritora Marta de Lima e do diplomata e ensaísta Guilherme de Castilho (“Presença do Espírito”) e irmão do diplomata e escritor Paulo Castilho (“Fora de Horas”), Manuel Castilho terminou o curso de Direito e viveu em Londres, onde me parece ter tirado um curso de Arquitectura.

(Com o Pai embaixador no Chile, Manuel Castilho viveu uma temporada na York House, em Lisboa, e partilhou um estúdio com o cineasta Luís Galvão Teles na Igreja contígua).

Na capital londrina especializou-se em Antiguidades e aqui abre-se espaço a uma nova e verdadeiramente inacreditável história.

Luís Pinheiro de Almeida ofereceu igualmente um grande quantidade de periódicos, que vão ser agora organizados. Falamos também da forma de “loucura mansa” que partilhamos nas colecções, e sobre uma parte da sua que corresponde muito bem à “Rapid Response Collection”  do Museu Victoria e Alberto e de que se pode prever uma exposição junto com outros materiais do mesmo tipo do EPHEMERA.

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Vale sempre repetir o agradecimento ao infatigável trabalho de Jorge Henriques e Miguel Baltazar, que, mais uma vez, nesta semana, enviaram muito úteis colaborações para o EPHEMERA.

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LIVROS USADOS PARA ESTUDAR, ORGANIZAR (E PRESERVAR) OS MATERIAIS DO EPHEMERA (119): OS CARTAZES NAS RUAS E NAS CASAS PALESTINIANAS

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EPHEMERA FORA DO EPHEMERA

9 de junho de 2016

O Público, com a autoria de Paulo Pena. fez um artigo intitulado “Bloco Central: Já não se fazem acordos como antigamente“, em que usou como fonte principal os documentos do  espólio de Vítor Crespo, existentes no ARQUIVO, e publicados no EPHEMERA.

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COISAS QUE INTERESSAM AO EPHEMERA

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O nosso amigo Chorche Paniello celebra 40 anos de coleccionismo com uma exposição em Pastriz (Saragoça).

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