MARIA MAFALDA VIANA – MONÓCULO QUEIROSIANO “A TRATAR COM TODO O CARINHO”. POSTAL DE CARDOSO MARTHA (NO ESPÓLIO DE MAURÍCIO PINTO)

“Este postal manuscrito de Manuel Cardoso Martha, dirigido a Maurício Pinto, em 8-1-1946, encontra-se no Arquivo e Biblioteca Ephemera, onde integra o núcleo da Correspondência de Maurício Pinto, um republicano da Figueira da Foz e opositor ao regime de Salazar.

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O postal tem um interesse particularmente caro a qualquer queirosiano, pois refere-se ao monóculo de Eça de Queirós, no contexto da preparação de uma Exposição do Centenário do Nascimento do escritor em 1945. Mesmo quem tenha preguiçado um pouco em estudante na leitura d’Os Maias ou de outra obra do escritor conhece a sua figura. O monóculo é nela tão emblemático quanto a expressão do seu rosto, onde por vezes transparece, em algumas fotografias, a sua fina ironia e o seu humor –, um pouco como o olho fechado de Camões e a sua lechuguilla. Estes símbolos autonomizaram-se de tal modo que dir-se-ia terem ganhado vida própria, tornando-se, digamos assim, emblemas da Literatura Portuguesa.

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Deste raro monóculo, que ainda hoje acarinhamos, fica o registo escrito num bilhete postal que, entre algumas outras cartas de Cardoso Martha a Maurício Pinto, testemunha a sua ajuda (com envio de muito material) na Exposição do Centenário do Nascimento de Eça de Queiroz realizada na Figueira da Foz.”

Excertos do texto integral de Maria Mafalda Viana que pode ser lido na íntegra aqui: postal ms de C. Martha a M. P sobre o monóculo do Eça.docx_(5300972_1)

Este texto (cuja divulgação em versão integral já aqui havíamos prometido, com o título “Monóculo queirosiano “a tratar com todo o carinho”. Postal de Cardoso Martha (no espólio de Maurício Pinto)” é agora publicado para anunciar a edição (muito atrasada pela pandemia), e colocação em breve à venda, do Caderno do Ephemera número 4, “A Correspondência de Maurício Pinto”, da autoria de Maria Mafalda Viana. A apresentação do Caderno ocorrerá em Setembro, em data da qual daremos notícia, na Figueira da Foz, de onde era natural Maurício Pinto.

 

 

 

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